sexta-feira, outubro 20, 2006

O CASO LAÍS E A PENA DE MORTE

Mais uma vez a impunidade dá um tapa na cara da sociedade, que, levada pela emoção do momento, se enfurece, se revolta, se entristece e por fim, se cala. Ver uma garota de 09 anos, estudante, meiga, com rostinho angelical, querida pela família, pelos amigos e professores, ser brutalmente estuprada e assassinada por um elemento que já estava cumprindo pena, e que, devido à benevolência de nossa legislação, tinha o dia inteiro livre para cometer os mais diversos delitos e à noite podia, confortavelmente, retornar às instalações penitenciárias para programar os delitos a cometer no próximo dia, e logo após, dormir tranquila e seguramente sob a tutela do Estado, às custas dos impostos pagos pelo mesmo povo que está à mercê de seus atos marginais, é o retrato de uma situação de total exclusão social causada pela ambição desenfreada dos nossos governantes e pela inércia dos nossos legisladores. Não é de hoje que casos como esse trazem à tona a discussão acerca da reforma do judiciário e da implantação da pena de morte em nosso país. Aliás, implantação não, institucionalização, pois a pena de morte já existe no Brasil, só que ela não existe para marginais como o do caso citado, ela existe para crianças indefesas como a pequena Laís e para tantas outras vítimas da violência que aflige a população, sobretudo, os menos favorecidos. Pensar a pena de morte e a atualização de nossa leis penais é o primeiro passo no caminho de uma mudança social que nos traga de volta a tranquilidade de viver e a certeza de voltar para casa após cada dia de trabalho ou estudo.
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